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OPINIÃO: Se no presente somos causa, no futuro seremos o efeito

A propósito do Dia Internacional da Mulher, que será comemorado nesta sexta feira, dia 8, hoje, na antevéspera, trago a visão espírita sobre o porquê de um espírito reencarnar mulher, eis que nascer mulher significa ter pela frente desafios em maior número que o homem. A condição de mulher ou homem é apenas uma das tantas formas de vivenciar na experiência humana aprendizados necessários na caminhada evolutiva do espírito imortal, pois que há a necessidade de todo o espírito aprender tanto as funções da masculinidade quanto da feminilidade. Nascemos em corpos femininos ou masculinos de acordo com a necessidade da experiência que precisamos vivenciar em cada encarnação. É a lei natural que se cumpre e esta lei vale para todos os espíritos tendo por objetivo principal o exercício e a prática de todas as capacidades e funções inerentes tanto de um sexo quanto de outro. Assim que, em determinados momentos somos homens, em outros, somos mulheres. É a vida nos ensinando tudo de todas as formas. As encarnações são valiosas oportunidades de progresso do espírito independentemente se no corpo de um homem ou de uma mulher, pois ambas as experiências são necessárias à evolução individual, já que não existe outra maneira de desenvolver certos sentimentos próprios de cada sexo sem vivencia-los. É dessa forma que não somente vivenciamos, mas, fundamentalmente, experenciamos todas as funções dos dois sexos em seus aspectos físico, emocional, psicológico e moral, pois que o corpo físico tanto do homem quanto o da mulher é um instrumento magnífico e extraordinário para o espírito que o habita realizar suas atividades corpóreas inerentes às funções de cada um.

O desconhecimento, porém, das leis espirituais, fundamentalmente da lógica da multiplicidade das existências é que oportuniza os exageros e as transgressões praticadas ao longo da história da humanidade pelo ser masculino que, aproveitando-se da sua maior força física não percebe que ele, também, na noite dos tempos através das encarnações, um dia voltará no corpo de uma mulher em obediência a uma lei a que todos nós, homens e mulheres, estamos atrelados: a lei de isonomia divina. Esta lei, de forma cabal e definitiva, iguala, perante Deus, homens e mulheres como possuidores dos mesmos direitos e dos mesmos deveres, sem nenhum privilégio a mais e sem nenhuma distinção a menos, lei esta que, por ser divina, não é imposta por nenhum código, deliberação ou decreto humano, felizmente. E, como toda lei divina, não permite que um reivindique privilégios para si em detrimento do outro, como é o caso, em nível mundial, do homem para com a mulher, pois que, somos diferentes apenas no aspecto exterior, mas não em essência. Na verdade, não somos homens e nem somos mulheres e sim, estamos momentaneamente homens e temporariamente mulheres, pois que o espírito não tem sexo, não da forma como entendemos.

Convém lembrar, também, que outra lei, a Lei de Causa e Efeito não cessa nunca. Dessa forma, tudo que plantamos hoje no corpo de um homem, muitas vezes violento e autoritário em relação à mulher, nos será devolvido quando estivermos vestindo a indumentária feminina em outra vida das tantas e tantas que ainda temos pela frente. Essa "devolução" não será como castigo divino, mas como parte do currículo de aprendizagem, pois que, tudo na criação tem um propósito muito importante na vida do espírito. Cada um nasce e vive homem ou mulher, por um tempo variável e indeterminado, como parte da sua necessidade dentro do processo evolutivo, pois que nascer mulher ou nascer homem faz parte de um longo aprendizado em que incorporamos a nossa bagagem espiritual de conhecimento e experiências materiais, a natureza, as dificuldades e as características femininas e masculinas com pesos iguais e perfeitamente equilibrados. Para aqueles, porém, hoje vestindo a indumentária masculina que, consciente ou inconscientemente, promovem a cultura da opressão ou a não valorização do papel feminino ou de quem quer que seja na sociedade terrena, estará sujeito a vivenciar os resultados das suas atuais ações e omissões em futuras encarnações. É o bumerangue da lei retorno agindo sobre nós. Se no presente somos causa, no futuro seremos o efeito.

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